Ibovespa tem maior queda em um mês com cautela externa e bancos em baixa; Dólar vai a R$ 5,33
Noticias de Piracicaba hoje — O mercado financeiro brasileiro começou a semana com o pé esquerdo. O Ibovespa fechou em queda de 0,47% nesta segunda-feira (17), encerrando aos 156.992 pontos. Foi o maior recuo diário desde 10 de outubro, pressionado por um cenário externo de cautela e pelo peso negativo dos grandes bancos.
O dólar acompanhou o mau humor e subiu 0,66%, cotado a R$ 5,331.
O dia foi marcado pela expectativa global. Em Wall Street, investidores adotaram uma postura defensiva aguardando dois eventos cruciais nesta semana: o balanço trimestral da gigante de tecnologia Nvidia (na quarta-feira) e os dados de emprego dos EUA (o payroll, na quinta), que podem definir os próximos passos dos juros americanos.
Alívio de Trump Impulsiona Frigoríficos, mas não o Índice
Nem mesmo a boa notícia vinda da Casa Branca foi suficiente para sustentar a bolsa brasileira. O decreto de Donald Trump, isentando tarifas de importação sobre alimentos como carne bovina e café, beneficiou setores específicos.
As ações de frigoríficos foram os destaques positivos: a MBRF (MBRF3) saltou 4,92% e a Minerva (BEEF3) subiu 1,99%, reagindo à perspectiva de maior competitividade no mercado americano.
Economia Interna Desaquecendo?
No cenário doméstico, o dado do IBC-Br (considerado a prévia do PIB) de setembro veio pior do que o esperado, sinalizando que a economia brasileira pode estar perdendo tração devido aos juros altos (Selic).
Esse cenário, somado à aversão ao risco, puniu o setor bancário, que tem grande peso no Ibovespa. Bradesco, Itaú e Santander fecharam no vermelho. O destaque negativo do dia, porém, foi a Rumo (RAIL3), que despencou mais de 9% com preocupações sobre preços de frete.
A semana promete continuar volátil e será mais curta no Brasil, devido ao feriado da Consciência Negra na quinta-feira (20).
