Piracicaba Corre Risco de Ser a Cidade que Mais Mata no Trânsito: "Vamos Ser a Que Mais Mata no Brasil?", Alerta Arquiteta
Piracicaba vive uma crise silenciosa — mas mortal. Os números crescentes de acidentes fatais no trânsito colocam a cidade em uma posição alarmante no cenário nacional. E o alerta veio de forma direta e corajosa: "Vamos ser a cidade que mais mata no trânsito no Brasil?", questionou a arquiteta Fátima Cristina Scarpari em sessão pública na Câmara Municipal.
Essa fala, feita durante a Tribuna Popular, levanta um debate urgente: Por que Piracicaba se tornou uma das cidades com mais óbitos no trânsito no país? E o que está sendo feito para mudar isso?
65 Mortes em 2024 – E 2025 Já Ultrapassou Essa Marca
Os dados são duros. Somente em 2024, a cidade registrou 65 mortes no trânsito, com uma taxa de 15,22%. E os dados preliminares de 2025 já indicam um cenário ainda mais sombrio.
Fátima Cristina destacou que as vítimas são, em sua maioria, pedestres, ciclistas e motociclistas — justamente os mais vulneráveis e menos protegidos nas vias urbanas.
Tarifa Alta, Transporte Inacessível e Ruas Mais Perigosas
Para além das estatísticas, a arquiteta tocou num ponto que afeta diretamente o dia a dia da população: o alto custo do transporte público. Segundo ela, quanto mais cara a tarifa, mais a população opta por meios alternativos como mototáxis, o que aumenta significativamente o número de motocicletas circulando nas ruas — e, com isso, o risco de acidentes fatais.
“O ideal é que o transporte público seja mais usado, mas não existe esse incentivo”, afirmou Fátima Cristina.
Onde Está a Fiscalização?
A falta de educação no trânsito, combinada com fiscalização ineficiente, cria um ambiente caótico nas vias da cidade. De acordo com a oradora, é urgente que a Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) adote uma política mais firme, tanto na conscientização quanto na aplicação das leis.
“Será que a Semuttran está se atentando que tem que ter uma política adequada para educar essas pessoas ou vamos ser a cidade que mais mata no trânsito no Brasil?”, reforçou ela.
Soluções Exigem Coragem Política
O trânsito não é apenas uma questão técnica ou estatística — é uma questão política e social. E precisa ser tratado com a devida seriedade:
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Implementação de um plano de mobilidade urbana realista e eficaz;
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Incentivo ao transporte coletivo com tarifas acessíveis;
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Criação de ciclovias seguras e faixas de pedestres sinalizadas;
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Campanhas permanentes de educação no trânsito.
Conclusão: A Cidade Precisa Escolher – Salvar Vidas ou Manter o Caos
As palavras de Fátima Cristina Scarpari não foram apenas um alerta: foram um chamado à ação. Piracicaba não pode mais adiar decisões importantes. O futuro da mobilidade urbana e, principalmente, da vida das pessoas, está em jogo.
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