Críticas e Denúncias: Vereador Trevisan volta à tribuna com alerta sobre prioridades e nomeações na Prefeitura de Piracicaba
Na 37ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite da última quinta-feira (26), o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) fez um pronunciamento contundente, mesclando reconhecimento a avanços na saúde com críticas à condução de temas administrativos pela atual gestão municipal.
Trevisan iniciou sua fala elogiando a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Piracicaba pela conquista do selo IPMED de gestão de qualidade, lembrando do período em que esteve internado na unidade. O reconhecimento à equipe médica, segundo ele, é uma forma de gratidão pelo atendimento recebido.
Em seguida, o parlamentar voltou a criticar a demora na substituição do toldo da farmácia de alto custo, localizada na rua Manoel Ferraz de Arruda Campos. Segundo ele, o problema persiste há mais de seis meses, apesar de já ter sido objeto de requerimento aprovado na Casa.
Para Trevisan, a gestão demonstra “falta de prioridades”, já que consegue realizar aquisições de veículos em larga escala, mas não resolve problemas básicos de infraestrutura que afetam diretamente a população.
Outro ponto abordado foi a crise hídrica enfrentada pela cidade. O vereador retomou alertas feitos por ele ainda em 2023 sobre as condições da Estação de Tratamento de Água da Luiz de Queiroz, e disse que as previsões estão sendo confirmadas por autoridades do próprio governo municipal.
O momento mais enfático do discurso, no entanto, veio com o questionamento à nomeação do atual chefe de gabinete do prefeito. Trevisan destacou que o servidor em questão foi citado em delação premiada do Ministério Público em uma investigação sobre contratos públicos firmados em 2012. Segundo o vereador, a nomeação contraria a Lei da Ficha Limpa Municipal e a Resolução 56 do Conselho Nacional de Justiça.
Além disso, o parlamentar apontou que o chefe de gabinete é hoje o servidor comissionado que recebe o maior salário da Prefeitura, com vencimentos de R$ 18.900. Trevisan exibiu trechos do inquérito civil no telão do plenário e lamentou que sete vereadores tenham votado contra um requerimento que pedia informações sobre o caso.
Ao encerrar sua fala, afirmou que continuará atento ao desdobramento do caso e reforçou seu compromisso com a fiscalização do Executivo: “Vamos aguardar. A Justiça há de se manifestar”.
O discurso de Trevisan reforça a tensão entre Legislativo e Executivo em Piracicaba, além de levantar questionamentos sobre transparência, prioridades na gestão e o uso de recursos público.
Postar um comentário
0Comentários