A pacata e esquecida Santa Terezinha, em Piracicaba, decidiu que já deu de esperar milagre: cansados de viver num cenário que mistura abandono urbano com uma pitada de filme pós-apocalíptico, os moradores resolveram apelar para alguém que ainda lembra que a região existe — o vereador André Bandeira (PSDB).
E por que tudo isso? Simples. A unidade de saúde está caindo aos pedaços. Literalmente. As fotos enviadas pelos moradores mais parecem parte de um catálogo de “antes” de uma obra do Lata Velha, mas sem garantia de “depois”.
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Muros despencando, rachaduras nas paredes que dariam inveja a placas tectônicas e um risco de desabamento que transforma qualquer visita à USF num esporte radical.
Dentro da unidade, a situação melhora? Claro que não! Rachaduras, infiltrações, mofo e aquele cheiro característico de “abandono com toque de irresponsabilidade pública”. Um ambiente perfeito... para adoecer ainda mais.
Segundo o vereador, o problema não é só a estética do lugar — porque quem precisa de saúde básica também merece um mínimo de dignidade, não é mesmo? Ele afirma que o prédio em ruínas coloca em risco não só os usuários, mas também os profissionais que se atrevem a trabalhar lá.
Afinal, quem não gosta de um pouco de adrenalina na rotina, com risco de teto caindo ou parede abrindo?
O local, que deveria ser um espaço de cuidado, virou praticamente um símbolo da negligência institucionalizada. A proliferação de mofo e fungos já virou parte da decoração. Respirar ali é um desafio. E pensar que é um posto de saúde.
E como cereja do bolo embolorado, a total ausência de manutenção ao longo do tempo passa aquela mensagem calorosa: “vocês não importam”. O tipo de mensagem que faz o cidadão se perguntar se está mesmo num país com sistema público de saúde.
Bandeira, com um otimismo que beira a fé, reforça que a atenção básica deveria ser a porta de entrada do sistema de saúde. Mas se depender da porta da USF IAA 1, melhor bater em outra. Enquanto isso, segue o pedido ao Executivo Municipal, esperando que alguém por lá se lembre de que cuidar da saúde pública começa com... bem, cuidar do prédio.
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