Trump Anuncia Fim da Guerra: Israel e Hamas Selam Cessar-Fogo em Gaza Após Dois Anos de Conflito
Piracicaba, SP — Após dois anos de confrontos devastadores, um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi finalmente alcançado, pondo fim à guerra na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, principal mediador do pacto que também contou com a participação de Catar, Egito e Turquia. A trégua entra em vigor em meio a um cenário de destruição e uma crise humanitária sem precedentes, com um saldo de mais de 67 mil mortos.
A catástrofe humanitária é agravada pelo fato de que o bloqueio à ajuda humanitária levou 461 palestinos à morte por desnutrição, sendo 188 crianças. O ministério informou que mais de 50 mil crianças com menos de cinco anos sofrem de desnutrição aguda.
Apesar da celebração pelo fim das hostilidades, a desconfiança ainda paira no ar. O acordo prevê um cessar-fogo imediato, a retirada gradual das tropas israelenses e o fim do bloqueio à entrada de ajuda humanitária. Contudo, horas antes de o pacto entrar em vigor, ataques israelenses ainda deixaram 17 mortos e 71 feridos, segundo autoridades palestinas.
A Paz Irá Durar?
A grande questão que permanece é a sustentabilidade deste acordo. Uma trégua anterior, firmada em novembro de 2023, foi rapidamente descumprida. No entanto, especialistas demonstram um otimismo cauteloso.
João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv e assessor do Instituto Brasil-Israel, acredita que as chances de uma retomada da guerra "são muito pequenas". Em análise, o especialista aponta três fatores cruciais para a manutenção da paz:
- Concessão do Hamas: O grupo concordou em libertar rapidamente todos os reféns vivos, mesmo antes de garantias totais da retirada israelense.
- Garantias Internacionais: Diversas fontes que acompanham as negociações asseguram que há um forte respaldo para que a guerra não seja retomada.
- O Papel dos EUA: Segundo Miragaya, o governo Trump não pode endossar um retorno ao conflito, pois isso significaria "contrariar as demandas dos Estados aliados do Oriente Médio", como Catar, Turquia e Egito, o que seria "impensável nesse momento".
Enquanto milhares de palestinos iniciam o doloroso processo de retorno a uma Gaza em ruínas, o mundo observa com a esperança de que este acordo represente, de fato, o primeiro passo para uma paz duradoura.