O deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE), presidente nacional do PL Jovem, afirmou que votaria contra a chamada PEC da Blindagem, caso fosse deputado federal. A posição contraria a orientação do presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, e do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, que defenderam o voto favorável à proposta.
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O texto da PEC nº 3, de 2021, foi rejeitado nesta quarta-feira (24/9) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A medida buscava criar um escudo constitucional para proteger parlamentares de processos criminais, mas foi classificada como inconstitucional pelo relator Alessandro Vieira (MDB-SE), que recomendou seu arquivamento.
Durante entrevista, Carmelo Neto criticou a proposta e ironizou o discurso de partidos de esquerda que se colocaram contra a PEC. “O povo não tem memória curta. Mensalão, petrolão… todos lembram dos escândalos de corrupção dos governos do PT”, disse.
O deputado também questionou a alegação de que a PEC seria necessária para proteger parlamentares de perseguições do STF. Ele citou o caso de Daniel Silveira: “Quando a Câmara teve a chance de se posicionar, manteve ele preso. Não acredito que agora vá agir de forma diferente.”
Para Carmelo, a PEC acabaria favorecendo outros políticos, como André Janones, acusado de rachadinha. Em sua avaliação, a saída seria o fim do foro privilegiado. “Isso sim livraria deputados e senadores de qualquer tipo de chantagem”, afirmou.
A rejeição da PEC expôs divisões internas no próprio PL. Senadores da sigla, como Izalci Lucas e Carlos Portinho, também se manifestaram contra a medida, em sintonia com a repercussão negativa do projeto na sociedade.