Londres – Um incêndio de grandes proporções em uma estação de energia próxima ao Aeroporto de Heathrow, em Londres, provocou o cancelamento de mais de 1.300 voos e afetou dezenas de países, gerando um efeito cascata no tráfego aéreo mundial.
O fogo, que atingiu um transformador na noite de quinta-feira (6), interrompeu o fornecimento de energia para um dos aeroportos mais movimentados do mundo.
Mais de 70 bombeiros trabalharam no combate às chamas. Embora não haja registro de feridos, 67 mil residências ficaram sem eletricidade no auge do incêndio, e moradores da região precisaram deixar suas casas.
O maior impacto, no entanto, foi sentido no Aeroporto de Heathrow, onde a pane elétrica afetou todos os terminais. Passageiros que chegaram de madrugada encontraram um cenário de caos, com voos cancelados e aeronaves redirecionadas para outros aeroportos do Reino Unido e da Europa.
Voos internacionais foram suspensos, e algumas aeronaves que já estavam em rota precisaram retornar ao ponto de origem.
As estimativas indicam que mais de 145 mil passageiros foram afetados. A última paralisação de tamanha magnitude na Europa ocorreu em 2010, quando uma nuvem de cinzas vulcânicas da Islândia forçou o cancelamento de cerca de 100 mil voos.
Heathrow, que opera voos para 230 destinos em 85 países, também é um hub fundamental para o transporte de cargas. A paralisação gerou transtornos em aeroportos ao redor do mundo. Na Itália, turistas esperaram mais de cinco horas por informações nos balcões de atendimento.
Em Boston, nos Estados Unidos, passageiros precisaram desembarcar após um atraso de três horas. No Brasil, o jornalista Richard Quest, da CNN Internacional, teve seu voo de São Paulo para Londres cancelado devido ao incidente.
Além dos prejuízos aos passageiros, companhias aéreas manifestaram indignação, questionando a vulnerabilidade da infraestrutura do maior aeroporto da Europa. A expectativa é que as operações sejam totalmente normalizadas apenas no sábado (8). As autoridades britânicas seguem investigando as causas do incêndio, com a polícia antiterrorismo à frente das investigações.
Postar um comentário
0Comentários