Ah, Piracicaba... a Veneza Paulista, a cidade da água... ou seria da falta d'água?
No último sábado, um cano resolveu dar um show de "fontanária" em plena mata. Um espetáculo que, convenhamos, ninguém pediu para assistir. O Semae, sempre diligente, correu para o local. Afinal, consertar canos em meio à mata fechada é moleza, certo?
E o resultado? Três dias depois, na terça-feira, nossos queridos bairros ainda clamam por água. Uma saga que se arrasta, com a promessa de "normalização gradual". É como esperar Godot: sabemos que vai chegar, mas a incerteza da data nos corrói por dentro.
Enquanto isso, os moradores se desdobram em malabarismos para economizar água. Baldes viram ouro, banhos se transformam em rápidas duchas e a louça se acumula na pia. Uma experiência que nos ensina a dar valor a cada gota, qual um oásis no deserto.
O Semae, em sua infinita sabedoria, nos orienta a buscar "fontes alternativas". Sugestões, caros leitores? Poços artesianos? Rezar para São Pedro? Ou quem sabe apelar para a criatividade e construir um sistema de captação de água da chuva?
E os bairros afetados? Ah, uma lista quilométrica! Cecap, Jardim São Francisco, Taquaral... Quase uma cidade inteira! Mas ei, quem se importa? São apenas alguns "detalhes" no mapa.
Diante desse cenário, só nos resta esperar. Esperar pela água que teima em não chegar, pelas manobras operacionais que parecem mais manobras de ilusionismo e pela boa vontade de São Pedro.
Piracicaba, a cidade que nos ensina a viver em tempos de seca. Uma lição que, cá entre nós, preferiríamos não aprender.
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