Votação Tensa: Câmara de Piracicaba Aprova Orçamento de R$ 15 Bilhões para 4 Anos
Piracicaba, SP — A Câmara Municipal de Piracicaba aprovou, na manhã desta quinta-feira (30), o Plano Plurianual (PPA) que define as metas de gastos da cidade para os próximos quatro anos.
O projeto, que prevê a aplicação de cerca de R$ 15 bilhões no período de 2026-2029, passou em duas votações extraordinárias marcadas por um intenso debate sobre o financiamento da Saúde.
A base do governo aprovou o texto do Executivo e rejeitou todas as 18 emendas propostas pelos vereadores da oposição, que tentavam remanejar verbas para áreas como educação especial, acessibilidade e moradia popular.
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Corte na Saúde Gera Tensão
O momento mais crítico da sessão ocorreu quando dirigentes da Santa Casa e do Hospital Fornecedores de Cana (HFC) usaram a palavra a pedido do vereador André Bandeira (PSDB).
Os diretores dos hospitais alertaram que, em reunião na véspera, a Secretaria de Saúde teria informado sobre o corte de um incentivo municipal de R$ 50 milhões por ano, verba usada para complementar a defasagem da Tabela SUS.
"A conta não fecha. Isto não é uma ameaça, é um fato, vamos ter que reduzir atendimentos", afirmou Luciana Garcia, diretora do HFC. Wagner Marrano, da Santa Casa, reforçou que o incentivo custeia despesas de UTI e próteses, e sua falta terá impacto direto na população.
A Justificativa da Prefeitura
A secretária de Finanças, Karla Lovato Pelizzaro, foi à Câmara para justificar as mudanças. Ela negou que haveria um corte de R$ 60 milhões na saúde, como veiculado pela imprensa. Segundo ela, a alteração no PPA foi para retirar a previsão de uma receita de R$ 60 milhões que viria do governo federal para a construção de duas policlínicas, verba que ainda não está garantida.
Karla Lovato assegurou que essa mudança não tem relação com o corte de incentivo aos hospitais.
O líder do governo, Josef Borges (PP), classificou as falas sobre a redução de atendimento como "fake news". O debate sobre o repasse aos hospitais, embora tenha dominado a sessão, foi adiado e será tratado futuramente nas votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
