Noticias de Piracicaba hoje — A esperança de um desfecho rápido para a guerra na Ucrânia sofreu um banho de água fria nesta semana. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou do prazo que ele mesmo havia estabelecido para um acordo — o Dia de Ação de Graças —, sinalizando que o abismo diplomático entre Moscou e Kiev continua imenso.
Enquanto Vladimir Putin mantém sua "linha vermelha", condicionando qualquer cessar-fogo à retirada das tropas ucranianas de regiões reivindicadas pela Rússia e ao controle total de Donetsk, Volodymyr Zelensky corre contra o tempo para alinhar Europa e EUA em uma contraproposta que garanta uma "paz digna".
O Choque de Propostas: EUA x Europa
A mesa de negociações está dividida entre dois roteiros distintos. O plano norte-americano é duro com a Ucrânia: prevê o reconhecimento do controle russo sobre a Crimeia, Donetsk e Luhansk, congela o front atual e exige uma mudança constitucional para proibir a entrada da Ucrânia na Otan. Além disso, propõe eleições em 100 dias.
Já a proposta europeia segue o caminho oposto: recusa o reconhecimento da soberania russa sobre territórios ocupados, não impõe o veto formal à Otan e sugere garantias de segurança multilaterais, sem ceder compensações financeiras aos EUA.
Crise em Kiev e Avanço Russo
O cenário político e militar agrava a tensão. Em Kiev, uma operação anticorrupção atingiu a casa de Andriy Yermak, braço direito de Zelensky, gerando instabilidade interna. No front de batalha, as forças ucranianas sofrem com a falta de soldados enquanto a Rússia avança em áreas estratégicas como Zaporíjia e Pokrovsk.
O vazamento de um telefonema entre o enviado de Trump, Steve Witkoff, e o Kremlin, sugerindo orientações a Moscou, gerou desconforto diplomático, reforçando a percepção de que o caminho para o fim do conflito será longo e tortuoso.
