Agressão a Aluno de 12 Anos em Escola de Piracicaba; Mãe Denuncia Bullying e Omissão
Piracicaba, SP — A agressão brutal contra um estudante de 12 anos dentro da sala de aula na Escola Estadual Carolina Mendes Thame, em Piracicaba, foi parar na polícia. Um vídeo, gravado por outra aluna e que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, registra o momento em que o adolescente é atacado por um colega com socos, no último dia 14 de outubro.
A mãe da vítima, que levou o caso à delegacia, denuncia não apenas a violência, mas uma suposta negligência da escola e um histórico de bullying que seu filho já vinha sofrendo.
"Não Tinha Ninguém na Sala"
O desabafo da mãe é de completa indignação, principalmente porque ela afirma não ter sido comunicada pela escola. Ela só descobriu a agressão após ver as imagens do filho apanhando na internet.
Ela questiona a ausência de um adulto responsável no momento do ataque. "Não tinha um diretor, não tinha professor na sala. 'Ah, mas foi na troca de professor'. Mas não tinha um responsável ali, não tinha ninguém", relatou.
Ainda segundo a mãe, ao procurar a direção para entender por que não foi avisada, a resposta que ouviu foi: "Mas a gente também não sabia".
Polícia Investiga Lesão Corporal e Bullying
Com o filho ainda apresentando inchaço em uma das pernas dias após o ocorrido, a mãe decidiu registrar um boletim de ocorrência. Ela relatou à polícia que esta não foi a primeira vez que o filho sofreu agressões no colégio e que a direção da escola só teria chamado os alunos envolvidos após a repercussão do vídeo.
Sem confiança na segurança do filho, a mãe tomou a decisão de transferi-lo imediatamente para outra escola. A polícia investiga o caso como lesão corporal e prática de bullying.
O que Diz a Secretaria da Educação
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP) afirmou que a direção da escola "adotou todas as providências assim que tomou conhecimento do ocorrido" e que os responsáveis pelos estudantes foram orientados.
A secretaria confirmou que o Conselho Tutelar foi notificado e que o aluno foi transferido "a pedido da responsável". A Seduc informou ainda que um profissional do programa "Psicólogos nas Escolas" fará o acompanhamento do estudante e que as ações de "cultura de paz" serão intensificadas na unidade.
